De subida ao Alentejo, é uma referencia o Festival Islâmico, que se realiza na vila de Mértola, junto ao Guadiana, de dois em dois anos, embora alterado pela pandemia, volta este ano entre 18 e 21 de maio.
Com a sua apresentação marcada para Sevilha, a 28 de março, no Consulado Geral da capital da Andaluzia, vai incluir a atuação do cantor de música tradicional alentejana Pedro Mestre e o Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de S. Bento e uma prova de doces tradicionais. Marcam presença nesta cerimónia responsáveis do executivo do Município de Mértola, da Fundação Mesquita de Sevilha e do Consulado-Geral de Portugal em Sevilha.
A colaboração entre o município de Mértola e a Comunidade Islâmica em Espanha acontece desde a primeira edição do evento, através da participação de artesãos e comerciantes no mercado de rua, da realização de conferências, da partilha na noite “Dycra” e da indicação de artistas para o programa de concertos.
O Festival Islâmico de Mértola, já vai na 12ª edição, a celebrar e dar a conhecer a cultura islâmica e os seus laços com Portugal e a península. Durante os dias do Festival, a vila acolhe uma vasta comunidade islâmica do norte de África, proveniente de países como Marrocos, Argélia, Tunísia, além de Espanha e do Egipto, entre outras geografias.
Com entrada livre, o Festival Islâmico de Mértola contou no ano passado com 50 mil visitantes ao longo dos 4 dias de festival, esperando receber este ano mais de 60 mil pessoas. Em 2023 o souk regressa às vilas “velha” e “nova” de Mértola para receber os mais variados produtos como artesanato, doçaria, produtos regionais alentejanos e tecidos, provenientes de Marrocos, Tunísia, Egipto, Espanha e Alentejo. Além do mercado e do tradicional ritual árabe de regatear bons preços, o festival também conta com música e arte que complementam o encanto do mercado de rua.
Contamos apresentar a programação dos concertos definitiva em breve no AlgarveCentral, para já está confirmada para 19 de maio, no cais, a actuação do duo formado pelos irmãos sírios Hasan & Rami Nakhleh em 2010, em Majdal Shams, na região das Colinas de Golã (área conquistada por Israel à Síria durante a Guerra dos Seis Dias, e posteriormente anexada pelo governo de Israel em 1981).
O primeiro álbum, Nuri Andaburi (2011) é fortemente inspirado pela música reggae, o segundo álbum, Laissez Passer (2017), combina o estilo tuaregue com rock psicodélico e em Migrant Birds (2020), o seu mais recente trabalho apresenta fortes influências da música disco que animava as pistas de dança do Médio Oriente nos anos 80.
Também para 19 de Maio, o colectivo Cus Cus Flamenco, de Hamid Ajbar e Alberto Funes, formado em Granada, concerto de fusão que junta o canto e a dança flamenca à musica e poética árabe-andalusí.
Mais informação em: https://www.festivalislamicodemertola.com/