Sugestões de cultura para assistir em setembro de 2022, na programação do Cine Teatro Louletano, veja aqui os destaques a não perder de vista!
No dia 9, sexta-feira, às 21h00, concerto exclusivo de Rita Redshoes, respondeu positivamente ao desafio lançado pelo Cineteatro, juntando a cantora, que apresenta em Loulé o seu último álbum, “Lado Bom”, à Filarmónica Artistas de Minerva, uma das bandas filarmónicas mais antigas do país.
Dia 11, domingo, pelas 17h00, a ACTA (Companhia de Teatro do Algarve) atua em Loulé, com a peça “À Deriva”. Um trabalho que se baseia num caso verídico durante o apartheid na África do Sul, na ilha-prisão de Robben, onde Nelson Mandela viveu 27 anos. Dois companheiros de infortúnio partilham a mesma cela; durante o dia realizam trabalho forçado e à noite ensaiam a Antígona, de Sófocles, que querem apresentar na prisão. A peça faz um paralelo com outras ‘ilhas’: os migrantes do Mediterrâneo, a escravatura dos dias de hoje e o tráfico humano.
Dias 13 e 16, há cinema. A 13, às 21h00, mais um filme do ciclo “Filme Francês do Mês”, no Auditório do Solar da Música Nova. Desta vez, com “Un Beau Voyou”, um policial de Lucas Bernard (2018) em que o comissário Beffrois, prestes a reformar-se, acaba por ser arrastado para um caso entusiasmante, do roubo de um quadro importante.
Dia 16, às 21h00, o filme estreado em maio, no Indie Lisboa: “O Jovem Cunhal”, de João Botelho. Duas personagens investigam sobre os primeiros anos de vida e militância de Álvaro Cunhal. Nos interstícios da investigação, breves encenações de passagens dos livros desta figura incontornável da política portuguesa.
Dia 18, às 17h00, com jazz tocado pela Orquestra de Jazz do Algarve. À boleia, vem Rick Margitza, saxofonista norte-americano que despontou das últimas formações de Miles Davis nos anos 80 e que traz na bagagem uma série de temas e orquestrações originais. Vânia Fernandes é a voz de outros tantos temas do cancioneiro jazz.
Dias 22, 23 e 24 de setembro chega a Loulé o Festival Política, que já esteve em Lisboa e em Braga. São três dias preenchidos com filmes, música, humor, conversas, workshops e instalações. A programação tem como foco os direitos humanos e a desinformação, enquanto ameaça à democracia. Todas as atividades são de acesso gratuito. O Festival inclui interpretação em Língua Gestual Portuguesa.
A 25, domingo, também às 17h00, uma das vozes mais populares da música portuguesa contemporânea vem ao Cineteatro Louletano: Loulé recebe “António Zambujo, voz e violão”, trabalho inspirado no álbum homónimo de um dos mestres da Bossanova, o brasileiro João Gilberto, que lançou “João, voz e violão” em 1999. O espetáculo terá também Língua Gestual Portuguesa.
No dia 26, começa uma residência englobada no Festival Verão Azul (bianual), com o trabalho “Pinturas Cantadas”, aberto à comunidade. “Pinturas Cantadas” é uma performance sonora que parte de conversas com indivíduos e que entrelaça música, histórias de vida e imagem. O som feito ao vivo mistura-se com gravações de campo e de estúdio. A linguagem das “music machines” contemporâneas mistura-se com algumas práticas sonoras ancestrais.
A 27, outra oficina, mas desta vez de teatro, inspirada em “Romeu e Romeu”, trabalho do LAMA Teatro que sobe ao palco no dia 29, às 21h00, mas que tem várias sessões para escolas nos dias 27, 28 e 29.
A 29, às 21h00, o espetáculo é para o público em geral, tentando responder à pergunta: “O que é que matou o amor?”. Partindo de uma ideia de amor de Shakespeare na sua obra primordial, ‘Romeu e Julieta’, Romeu e Romeu – que terá Audiodescrição, para pessoas cegas ou com baixa visão – é um lugar de provocação, de provocações sobre a inevitabilidade.